SEMINÁRIO SOBRE A PASTORAL DO CLERO
LUANDA – ANGOLA
23-26 DE JANEIRO DE 2006.
Reunidos em Luanda, de 23 a 26 de Janeiro de 2006, três Bispos e vinte e oito sacerdotes delegados das dioceses angolanas (faltando apenas os de Cabinda e Dundo), realizou‑se um seminário sobre a PASTORAL DO CLERO DA IGREJA PARTICULAR, sob responsabilidade da União Apostólica do Clero, Mons. Julio Daniel Botía Aponte, Presidente da União Apostólica Internacional, e do Pe. Jacob Alberto Kapiñgala, Director da respectiva Sede internacional,
Foram dias intensos e frutuosos de trabalhos que nos capacitaram para levar aos presbitérios das nossas dioceses novo vigor no serviço a prestar na Igreja e na comunhão de irmãos e amigos de todos os sacerdotes.
Das conclusões e sugestões elaboradas salientamos sobretudo o esforço a desenvolver para serem criadas onde ainda não existam:
a) A Comissão da Pastoral do clero nas Dioceses;
b) Os grupos da União Apostólica do clero.
Apelamos aos pastores diocesanos e aos sacerdotes, seus colaboradores, o melhor acolhimento dos modelos operativos enviados pelos delegados participantes.
Oramos no regaço da Rainha dos Apóstolos, a Cristo, Bom Pastor, pela santificação do Clero.
Luanda, aos 26 de Janeiro de 2006
O Presidente da Comissão Episcopal do Clero
+ Óscar Lino Lopes Fernandes Braga
Bispo de Benguela
MODELO OPERATIVO PARA A PASTORAL DO CLERO NAS NOSSAS DIOCESES
I. PARA A FORMAÇÃO PERMANENTE
Com a formação permanente pretende-se compreender e harmonizar todas as dimensões da vida: desenvolver uma personalidade humana madura no espírito de serviço aos demais ministros ordenados; estar intelectualmente preparado nas ciências teológicas e também nas humanas enquanto relacionadas com o próprio ministério; possuir uma vida espiritual profunda, nutrida pela intimidade com Jesus e por amor à Igreja; exercer o ministério com empenho e dedicação nas quatros dimensões: HUMANA, ESPIRITUAL, INTELECTUAL E PASTORAL.
1.1. Para a formação HUMANA permanente do Clero nas nossas dioceses, é necessário incrementar os seguintes serviços:
SERVIÇOS
1- Criar serviços de actualização e formação no campo das relações humanas.
2 – Capacitar os sacerdotes no campo da gestão e administração.
3 – Educar para a solidariedade com o fim de garantir a segurança social do Clero.
4 – Formação para a vida comunitária.
COMO REALIZÁ-LOS
- Promovendo cursos e conferências a este respeito.
- Promover cursos próprios durante ou depois da formação sacerdotal.
- Através das contribuições paroquiais e das quotas.
1.2. Para a formação ESPIRITUAL permanente do Clero nas dioceses, é necessário:
SERVIÇOS
1 – Retiro espiritual anual.
2 – Criar espaços nas reuniões do Clero para a partilha espiritual.
3 – Organizar encontros só de oração.
4 – Valorizar a celebração da Eucaristia e a Liturgia das Horas nas semanas de Pastoral.
COMO REALIZÁ-LOS
- No prazo previsto pelo Direito Canónico.
- Em lugares alternados.
1.3. Para a formação INTELECTUAL permanente do Clero nas dioceses, é necessário:
I. PARA A FORMAÇÃO PERMANENTE
Com a formação permanente pretende-se compreender e harmonizar todas as dimensões da vida: desenvolver uma personalidade humana madura no espírito de serviço aos demais ministros ordenados; estar intelectualmente preparado nas ciências teológicas e também nas humanas enquanto relacionadas com o próprio ministério; possuir uma vida espiritual profunda, nutrida pela intimidade com Jesus e por amor à Igreja; exercer o ministério com empenho e dedicação nas quatros dimensões: HUMANA, ESPIRITUAL, INTELECTUAL E PASTORAL.
1.1. Para a formação HUMANA permanente do Clero nas nossas dioceses, é necessário incrementar os seguintes serviços:
SERVIÇOS
1- Criar serviços de actualização e formação no campo das relações humanas.
2 – Capacitar os sacerdotes no campo da gestão e administração.
3 – Educar para a solidariedade com o fim de garantir a segurança social do Clero.
4 – Formação para a vida comunitária.
COMO REALIZÁ-LOS
- Promovendo cursos e conferências a este respeito.
- Promover cursos próprios durante ou depois da formação sacerdotal.
- Através das contribuições paroquiais e das quotas.
1.2. Para a formação ESPIRITUAL permanente do Clero nas dioceses, é necessário:
SERVIÇOS
1 – Retiro espiritual anual.
2 – Criar espaços nas reuniões do Clero para a partilha espiritual.
3 – Organizar encontros só de oração.
4 – Valorizar a celebração da Eucaristia e a Liturgia das Horas nas semanas de Pastoral.
COMO REALIZÁ-LOS
- No prazo previsto pelo Direito Canónico.
- Em lugares alternados.
1.3. Para a formação INTELECTUAL permanente do Clero nas dioceses, é necessário:
SERVIÇOS
1 – Incrementar sessões anuais de estudos.
2 – Criar uma biblioteca diocesana actualizada para o Clero (livros, revistas, jornais e internet).
3 – Incentivar e estimular o Clero para o estudo pessoal.
COMO REALIZÁ-LOS
- Aproveitar os quadros existentes nas Dioceses.
- Incentivar a investigação científica através da publicação de uma revista.
- Actividade docente e estudo de documentos eclesiásticos.
1.4.Para a formação PASTORAL permanente do Clero nas dioceses, é necessário:
SERVIÇOS
1 – Encontro anual de Pastoral.
2 – Formação integral pastoral (juvenil, crianças, movimentos, doentes, óbitos, pastoral urbana, reclusos).
3 – Especialização multifacética do Clero nas Dioceses.
4 – Fortalecer a colaboração Pastoral entre os leigos e o Clero, e estes entre si.
COMO REALIZÁ-LOS
- Promover uma semana de Pastoral
- Execução de um único programa elaborado pela assembleia diocesana de pastoral.
- Envio de Padres para especializações a fim de atenderem melhor as exigências pastorais.
II. PARA A COMUNHÃO FRATERNA
No ponto relativo ao tema da comunhão fraterna cuja finalidade é promover e animar a fraternidade entre os ministros ordenados de cada presbitério, realizando a íntima fraternidade sacramental estabelecida pela ordem sagrada, os delegados ao Seminário sugerem:
2.1. Para a comunhão HUMANA:
SERVIÇOS
1 – Hospitalidade.
2 – Partilha económica.
3 – Felicitar os colegas nos aniversários.
4 – Solicitude para com os colegas idosos, doentes ou os que se encontrem em outras dificuldades.
5 – Criar um ambiente de família nas comunidades presbiterais.
6 – Fortalecer o ambiente de família e laços de amizade.
7 – Correcção fraterna.
COMO REALIZÁ-LOS
- Acolhimento, garantir o necessário para que o colega se sinta à vontade.
- Criar um fundo comum.
- Com um pequeno presente.
- Visitas com ajudas diversas
- Criar a consciência de família diocesana.
- Criar ambientes de lazer
- Tolerância, aceitação e perdão mútuos.
2.2. Para a comunhão ESPIRITUAL:
SERVIÇOS
1 – Oração comunitária.
2- Fomentar o Espírito de partilha em todos os âmbitos (trabalho, oração, correcção fraterna e convivência).
3 – Aderir aos grupos sacerdotais de espiritualidade.
4 – Rezar pela santificação dos colegas.
5 – Ajuda espiritual ao irmão necessitado.
COMO REALIZÁ-LOS
- Combinar as horas de oração.
2.3. Para a comunhão INTELECTUAL:
SERVIÇOS
1 – Criação de animadores da comunhão intelectual no Clero.
2 – Pesquisa científica de assuntos ligados ao ministério.
3 – Reflexão partilhada para a liturgia dominical, com temas teológicos actualizados.
4 – A partilha bibliográfica.
COMO REALIZÁ-LOS
- Diálogo sistemático teológico actualizado.
- Buscas na internet, assinar revistas de investigação actualizada, consultas constantes nas bibliotecas.
- Através de comunidades presbiterais ou vigararias.
- Divulgação da bibliografia pessoal disponível da actualidade.
2.4. Para a comunhão PASTORAL:
SERVIÇOS
1 – Fortalecimento de estruturas eclesiais que estejam ao serviço da comunhão entre os Padres. Ex: Fortalecer o Conselho Presbiteral na Diocese e o conselho pastoral na Diocese.
2 – Encontros pastorais do Clero.
3 – Cooperação Pastoral entre Padres de Paróquias vizinhas.
4 – Colaboração entre padres segundo os carismas e capacidades.
5 – Apoio sincero ao bispo (solicitude e colaboração activa).
COMO REALIZÁ-LOS
- Promover encontros constantes entre os membros do conselho presbiteral e pastoral.
- Promover encontros diocesanos de padres.
_ Através de convites segundo as necessidades de cada pároco.
- Que todos os presbíteros sejam bons irmãos, amigos e colaboradores do Bispo.
III. PASSOS PARA A ORGANIZAÇÃO DA PASTORAL DO CLERO NAS DIOCESES:
O Espírito Santo é o agente da nossa renovação pessoal e comunitária. A Igreja particular é a principal responsável desta actividade, e o Bispo, o promotor. Este exerce o seu poder pastoral sobre a porção do povo que lhe foi confiado.
Reflectindo sobre a urgência da Pastoral do clero, os delegados do clero sugerem:
3.1. Criar comissões diocesanas do clero a partir da Comissão Episcopal;
3.2. Motivar os pastores para a importância e necessidade da pastoral do clero;
3.3. Precisar as respectivas competências;
3.4. Escolher dinamizadores, definir prioridades e seleccionar meios;
3.5. Programar as actividades a curto, médio e longo prazo.
Feito em Luanda, aos 26 de Janeiro de 2006
OS DELEGADOS
LUANDA
1. Pe.Adelino Kangue Moma
HUAMBO
2.Pe.José Gonçalves dos Santos
LUBANGO
3. Dom Zacarias Kamwenho
4.Pe.Simeão Kaita
5.Pe.Manuel Sapalalo
BENGUELA
6.Dom Óscar Lino Lopes Fernandes Braga.
7.Pe.Eduardo Alexandre
8.Pe.José Domingos Kasanji Santos
9. Pe.Quintino Kandanji
10.Pe.Sebatião Mandandji
11.Pe.Francisco Kapitya
12.Pe. Higino Baptista Cumandala
13. Pe. Gabriel Marcos
NDALATANDO
14. Pe. Constantino Francisco Miguel
NOVO REDONDO – SUMBE
15. Pe. Celestino Monteiro
16. Pe. Moisés Luís Vicente
ONDJIVA
17. Pe. Urbano da Cruz Gaspar
MENONGUE
18. Pe. Ruí de Jesus Ndala
19. Pe. Domingos Kasanga
MALANJE
20. Pe. Pedro Luís Zeferino
LWENA
21. Pe. Emílio Kavavo Ndala
MBANZA CONGO
22. Pe. Malaquias Justina André
UÍJE
23. Dom Francisco da Mata Mourisca.
24. Pe. Simão Vicente.
SAURIMO
25. Floribert Ngunza
26. Zacarias Mussumar
KWITO - BIÉ
27. João Gonçalves Neto
Secretariado Internacional da UAC
28. Mons. Júlio Daniel Botía (Presidente)
29. Pe. Jacob Alberto Kapiñgala (Director)
CEAST
30. Dom Óscar Braga (Presidente da Comissão Episcopal do Clero, Delegado da CEAST).
31. Pedro Gabriel Tchombela (Secretariado de Pastoral da CEAST)
Editou:
Pe. Pedro Tchombela
Pastoral - CEAST
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