A Igreja tem envidado e continua a envidar esforços, em sintonia com o Governo e os Partidos Políticos, para criar um clima propício às próximas eleições, de forma que venham a ser LIVRES, JUSTAS E INCONTESTÁVEIS. Prova deste empenho são os Congressos PRO PACE promovidos em várias Dioceses bem como as diversas iniciativas do COIEPA como, por exemplo, a sua última assembleia realizada no INAC de 26 a 27 de Fevereiro próximo passado.
Todo este esforço foi surpreendido pelas notícias partilhadas na presente Assembleia dos Bispos sobre casos de intolerância política, acontecidos em diversas localidades do País, com atitudes violentas contra símbolos, edifícios e até pessoas. O mais grave é que algumas destas atitudes foram, ao menos aparentemente, fomentadas por quem tinha o dever de não permitir que acontecessem.
Não podemos esconder a nossa apreensão perante semelhantes acontecimentos, pois eles significam, entre outras coisas, o seguinte:
1. Ainda há ressentimentos no coração de uns Angolanos contra os outros, os quais ainda se não reconciliaram verdadeiramente;
2. Falta de vontade para aceitar o outro, se ele vencer as eleições;
3. Disposição para corromper as eleições e até para as contestar;
4. Risco de acontecer o impensável;
5. Desconfiança dos eleitores e sua abstenção do voto.
Perante esta situação, vimos suplicar encarecidamente a todos quantos o caso diz respeito que façam quanto estiver ao seu alcance para evitar estas intoleráveis atitudes de intolerância. De modo especial, recomendamos a todos os agentes de Pastoral, tais como Padres e Catequistas, bem como aos representantes do Governo e dos Partidos Políticos que expliquem ao Povo, e especialmente aos seus respectivos militantes, o que significa, em democracia, a tolerância política, e o que significa fazer eleições livres, justas e democráticas.
Luanda, 7 de Março de 2007
Os Bispos Católicos de Angola
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