terça-feira, outubro 11, 2005

Conclusões da Reunião Extraordinária da CEAST

C O M U N I C A D O

Os Bispos da Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé, na sua solicitude colegial pela situação da Diocese de Cabinda, houveram por bem realizar uma reunião extraordinária para encontrar caminhos de solução e, a propósito, resolveram esclarecer alguns pontos atinentes, repondo a verdade dos acontecimentos.

1- A situação da Diocese de Cabinda

É com mágoa e apreensão que seguimos quanto está a ocorrer na Igreja de Cabinda.

a) A CEAST lamenta que certos órgãos da imprensa nacional e internacional se prestem a difundir notícias infundadas e muitas vezes visivelmente erradas sobre o assunto em questão.
b) A decisão dos padres de “suspenderem as missas paroquiais”, que tanto escândalo e prejuízo está a causar na vida dos fiéis, é da exclusiva responsabilidade dos mesmos padres. Repetidas vezes foram convidados pela autoridade competente a retomar o exercício do ministério para o qual receberam o sacerdócio.
c) A reabertura da igreja da Imaculada Conceição ocorrerá quando cessarem os motivos pelos quais o culto foi nela suspenso e se realizarem os devidos actos de reparação.
d) A eleição do novo Bispo de Cabinda, como a de qualquer outro Bispo, foi da exclusiva decisão e responsabilidade do Santo Padre, consequentemente é falsa e injuriosa a informação ou insinuação de que a Igreja teria cedido a pressões na designação do novo Bispo de Cabinda.
e) É completamente desprovida de fundamento canónico a informação segundo a qual um bispo que não tome posse dentro do período normalmente estabelecido, tenha caducada a sua nomeação episcopal. O prazo canonicamente estabelecido pode ser dispensado ou alterado pelo Santo Padre, o que aconteceu.
f) Em nenhuma circunstância o Senhor Núncio Apostólico se deslocou a Cabinda acompanhado de um forte dispositivo de segurança.
g) Declaramos que é inverídica e tendenciosa a notícia posta a circular de que o Núncio Apostólico teria sido exonerado do seu cargo.
h) Esclarecemos que o padre João de Brito Monteiro Mayamba, pároco de Ncuto, não foi suspenso do exercício do ministério sacerdotal, mas apenas interdito de pregar fora da sua paróquia.
i) Não corresponde à verdade que todos os padres estejam proibidos de sair de Angola. Segundo nos consta, somente estão abrangidos por esta medida judiciária quem tenha problemas com a justiça.
j) Os Bispos da CEAST renovam a sua total solidariedade para com o Senhor Dom Eugénio Dal Corso, Administrador Apostólico de Cabinda.
k) Finalmente, convidamos todo Povo de Deus a elevar preces connosco ao Pai celeste para que ilumine as mentes, mova os corações e reconstitua a comunhão eclesial nesta porção da Igreja de Deus da Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé.


2- Celebração dos 30 anos da independência


Foi também objecto de reflexão dos Bispos a celebração do próximo 30º Aniversário da Independência de Angola. Ficou estabelecido que haverá um Acto Nacional Celebrativo com a presença de todos Bispos dia 13 de Novembro, em Mbanza Congo, que foi a sede da primeira Diocese de Angola.
A nível diocesano cada Bispo programará a respectiva celebração

Que a Virgem Santa Maria, Mãe de Angola e Rainha das missões interceda por nós e nos alcance as graças que imploramos.

Luanda, 10 de Outubro de 2005

Os Bispos Católicos de Angola

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