segunda-feira, dezembro 11, 2006

Bento XVI nomeou hoje Dom Gabriel Mbilingi Bispo Coadjutor da Arquidiocese do Lubango (11.12.2006)

O Papa Bento XVI nomeou hoje Dom Gabriel Mbilingi Bispo Coadjutor da Arquidiocese do Lubango. A notícia foi tornada pública hoje em Luanda pela Rádio Ecclesia no Jornal das 12 horas, hora de Angola.
O Bispo ora nomeado é actualmente Bispo do Lwena e vai permanecer no governo pastoral daquela Diocese como Administrador Apostólico até à nomeação do seu sucessor.
Dom Gabriel Mbilingi nasceu aos 17 de Janeiro de 1958 na localidade de Bândua, no Andulo, Diocese de Kwito-Bié. Frequentou e concluiu os estudos secundários no Seminário Menor dos Espiritanos e os estudos de Filosofia e de Teologia no Seminário Maior de Cristo Rei no Huambo. Foi ordenado presbítero no dia 26 de Fevereiro de 1984. Entre outros, desempenhou os cargos de Reitor do Seminário Maior do Espírito Santo no Huambo e de pároco do São João do Lobito (Diocese de Benguela). De 1995 a 1998 foi Superior Provincial da Congregação do Espírito Santo em Angola. Seguidamente foi chamado para Roma onde exerceu na Congregação dos Espiritanos a função de Conselheiro do Superior Geral. Foi nomeado Bispo Coadjutor do Lwena aos 15 de Outubro de 1999 por Sua Santidade o Papa João Paulo II e foi sagrado Bispo em Roma pelo mesmo Sumo Pontífice aos 6 de Janeiro de 2000, passando a ser Bispo Residencial do Lwena no dia 7 de Janeiro de 2001 em sucessão de Dom José Próspero d’Ascensão Puaty, de feliz memória. O Bispo nomeado é desde 2003 Vice-Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, cargo para o qual foi reeleito em Outubro passado para mais um triénio. Na CEAST desempenha ainda a função de Presidente das Comissões Episcopais (Nacionais) da Pastoral Familiar e do Apostolado dos Leigos. É licenciado em Teologia Moral e em Filosofia.

O Bispo Coadjutor é aquele que tem direito à sucessão do Bispo Diocesano para cuja Sede foi nomeado. Neste caso concreto, Dom Mbilingi sucederá a Dom Zacarias Kamwenho no Arcebispado do Lubango, depois de um determinado tempo a fixar-se entre ambos e com a anuência da Santa Sé.


Secretariado de Pastoral da CEAST
P. Tchombela - Director

sábado, dezembro 02, 2006

2007 e 2008: ANOS DA SANTIFICAÇÃO

Termina hoje o ano litúrgico ciclo B e com ele o primeiro biénio pastoral dedicado ao Kerigma.

Com o Advento se abre o novo ano litúrgico, ciclo C, e para o nosso caso, angolanos e santomenses, o biénio pastoral da Santificação (2007 e 2008): Celebrar o mistério de Cristo presente nos sacramentos, especialmente no Baptismo, na Eucaristia e no Matrimónio. O objectivo é o de renovar a vivência da liturgia, especialmente da Eucaristia como lugar teológico da presença do mistério de Cristo e da vida sacramental. O ressuscitado (anunciado no biénio passado) está presente no “partir o pão” e nos outros sacramentos. Pretende-se ainda uma nova atitude diante da liturgia cuja finalidade é ser transparência da presença salvífica do Senhor nos sinais sacramentais. Trata-se de redescobrir a liturgia, especialmente a Eucaristia como encontro actual e Santificador com o Senhor. Esperam-se visíveis:
- a fé do celebrante, o significado e o espírito do seu ministério (a preparação do presidente da celebração);
- o modo e a forma de celebrar;
- a expectativa da comunidade, da “ecclesia” que deverá ser o encontro com o Senhor morto, ressuscitado e esperado, e não uma assembleia comunitária centrípeta que, por exemplo, trata de se auto-satisfazer com cantos bonitos, danças e coreografias depois dos quais nada resulta de compromisso (agir).

Além da mensagem pastoral que os nossos pastores nos vão proporcionar e dirigir, possivelmente na próxima Assembleia de Março de 2007, segue já o texto de apoio para a reflexão, feito pelo Secretariado de Pastoral da Arquidiocese do Lubango, o qual servirá decerto de tapeçaria dos encontros de fé, de oração e de programação das celebrações das grandes e pequenas comunidades, por o texto constituir síntese dos inquéritos das Dioceses. Segue:

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO AO PLANO PASTORAL

2. FUNDAMENTAÇÃO DO TEMA
A) Vocação universal à santidade
B) Múnus episcopal de santificar
C) Múnus sacerdotal de santificar
D) A Liturgia e a santificação do povo de Deus
E) Respigando o Catecismo da Igreja Católica
F) Precavendo e sintetizando

3. LEITURA DE CAMPO
A) O porquê do Inquérito feito
B) Pistas de Análise do Inquérito e
síntese das respostas recebidas
C) "Interpelações" Pastorais que
mais nos desafiam
D) Prioridades Pastorais a considerar

4. OPÇÕES DO PLANO PASTORAL
1ª. PROCLAMAR E FOMENTAR A
VOCAÇÃO UNIVERSAL À SANTIDADE
2ª. PROMOVER A SANTIDADE DO CLERO
E DOS RELIGIOSOS
3ª. DAR PRIMAZIA À CARIDADE,
NAS COMUNIDADES
4ª. NAS COMUNIDADES CRISTÃS,
DAR LUGAR PRIORITÁRIO
À VIDA LITÚRGICA E À ORAÇÃO

5. INDICAÇÕES METODOLÓGICO-PEDAGÓGICAS, EM ORDEM AOS PROGRAMAS DIOCESANOS

1. INTRODUÇÃO AO PLANO PASTORAL
SOBRE A SANTIFICAÇÃO

Um Plano Pastoral, seja qual for o Campo em que se inscreva, como os Objectivos que pretenda alcançar, requer uma metodologia de trabalho que permita uma pedagogia pastoral concertada, eficiente e bem incarnada.
A Equipa do Secretariado de Pastoral da Arquidiocese do Lubango, neste serviço a ele solicitado pela CEAST, com toda a pobreza de meios de que dispõe e o número reduzido de pessoas que o formam, quis servir o melhor possível. Para tal, lançou mão dos princípios mais elementares da Metodologia Pedagógica Pastoral, tendo trabalhado sob o prisma da sua dinâmica. Foi pena não termos podido contar com respostas de todas as Dioceses, já que a Leitura de Campo teria sido muito mais enriquecida e enriquecedora das Opções finais.
E é este o PLANO que colocamos nas mãos dos Senhores Arcebispos e Bispos de Angola e São Tomé, para apreciação e correcção, de acordo com os seus critérios pastorais e os objectivos que pensaram imprimir ao Triénio em curso.
Estamos conscientes das limitações desta proposta, mas estamos plenamente convictos de que, em cada Diocese, há Padres, Religiosos e Leigos que saberão e poderão colmatar as lacunas que ficaram nestas linhas, como impressões digitais da nossa pobreza.

2. FUNDAMENTAÇÃO DO TEMA

A) VOCAÇÃO UNIVERSAL À SANTIDADE
( Lumen Gentium, cap. VI )

a) A Igreja é santa

"A Igreja, cujo mistério é proposto pelo Sagrada Sínodo, é indefectivelmente SANTA. Pois Cristo, Filho de Deus, que, com o Pai e o Espírito Santo, é proclamado o "ÚNICO SANTO", amou a Igreja como sua ESPOSA. Por Ela se entregou a fim de A SANTIFICAR.
Uniu-A a Si, como Seu CORPO e cumulou-A com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus.
Por isso, NA IGREJA, TODOS, quer pertençam à Hierarquia, quer sejam por ela apascentados, são chamados à SANTIDADE, segundo as palavras do Apóstolo: "pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação" ( I Tes. 4,3;Ef. 1,4 ).
Mas esta santidade da Igreja, manifesta-se incessantemente e deve manifestar-se nos FRUTOS DA GRAÇA que o Espírito Santo produz nos fiéis. Ela exprime-se multiformemente, nos indivíduos que, na sua vida, tendem à perfeição da caridade, edificando, assim os outros e, de modo todo peculiar aparece na prática dos comummente chamados CONSELHOS EVANGÉLICOS". ( nº. 39 )

b) Vocação universal à santidade

"O Senhor Jesus, Mestre e modelo divino de toda a perfeição, a todos e a cada um dos discípulos de qualquer condição, pregou a santidade de vida, da qual Ele mesmo e autor e consumador, dizendo: "Sede, portanto, perfeitos, assim como também vosso Pai celeste é perfeito" ( Mt, 5, 48 ) (... ) É, pois necessário que eles, pela graça de Deus, guardem e aperfeiçoem em sua vida a santidade que receberam. São admoestados pelo Apóstolo a viverem "como convém a santos" ( Ef. 5, 3 ).
É, assim evidente que todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Por esta santidade, se promove, também na sociedade terrestre, um modo mais humano de viver". ( nº. 40 )

c) Exercício multiforme da santidade única

Todos os que movidos pelo Espírito de Deus obedecem à voz do Pai e adoram a Deus Pai em espírito e em verdade, cultivam nos vários géneros de vida e ofícios uma ÚNICA SANTIDADE.
a) Em primeiro lugar, é necessário que os PASTORES DA GREI, à imagem do Sumo e Eterno Sacerdote, Pastor e Bispo de nossas almas exerçam seu ministério, santa e alegremente, humilde e fortemente. O ofício, assim cumprido, será também para eles um elevado meio de santificação.
b) Os PRESBÍTEROS, à semelhança da ordem do Bispos, participam com eles da graça do cargo, cresçam por Cristo, eterno e único Mediador, pelo quotidiano exercício do seu ofício, no amor de Deus e do próximo, conservem o vínculo da comunhão sacerdotal, transbordem em todo o bem espiritual e ofereçam a todos o testemunho vivo de Deus. (... ) Nem mesmo os cuidados apostólicos os perigos e as tribulações os impeçam, mas, antes, os ajudem a subir a uma santidade mais alta.
c) Mas são também participantes da missão e da graça do supremo sacerdote, de modo peculiar, também os ministros de Ordem inferior. Primeiramente, o DIÁCONOS (... ) os CLÉRIGOS que se preparam para o ofício de ministros. A estes se juntam aqueles LEIGOS que são chamados pelo Bispo e trabalham na seara do Senhor.
Os ESPOSOS E PAIS CRISTÃOS devem, seguindo o seu caminho peculiar, amparar-se mutuamente na graça, com amor fiel, durante a vida inteira, e imbuir com a doutrina cristã e as virtudes evangélicas a prole que amorosamente receberam de Deus. Dão, assim, a todos exemplo de amor incansável e generoso, edificam a comunidade fraterna e são testemunhas e cooperadores da fecundidade da Igreja, nossa mãe, em sinal e participação daquele amor, com que Cristo amou a Sua esposa e por ela Se entregou.
Exemplo semelhante é dado, mas de outro modo, pelas PESSOAS VIÚVAS OU CELIBATÁRIAS, que muito podem concorrer para a santidade e acção da Igreja. Aqueles que se ocupam em trabalhos muitas vezes duros, devem, através das tarefas humanas, aperfeiçoar-se a si mesmos, ajudar os seus concidadãos, fazer progredir a sociedade e toda a criação; e, ainda, imitando com operosa caridade a Cristo, cujas mãos se exercitaram em trabalhos de operário e, em união com o Pai, continuamente actua para a salvação de todos; alegres na esperança, levando os fardos uns dos outros, subam com o próprio trabalho quotidiano a uma santidade mais alta, também ela apostólica.
Todos quantos se vêem OPRIMIDOS PELA POBREZA, PELA FRAQUEZA, PELA DOENÇA OU PELAS TRIBULAÇÕES várias, e os que SOFREM PERSEGUIÇÃO POR AMOR DA JUSTIÇA, saibam que estão unidos, de modo especial, a Cristo nos seus sofrimentos pela salvação do mundo; o Senhor, no Evangelho, proclamou-os bem-aventurados.
TODOS OS FIÉIS se santificarão cada dia mais nas condições, tarefas e circunstâncias da própria vida e através de todas elas, se receberem tudo com fé da mão do Pai celeste e cooperarem com a divina vontade, manifestando a todos, na própria actividade temporal, a caridade com que Deus amou o mundo ( nº. 41 )

d) Caminho e meios para a santidade

«Deus é caridade e quem permanece na caridade, permanece em Deus e Deus nele» (1 Jo. 4,16). Ora, Deus difundiu a sua caridade nos nossos corações, por meio do Espírito Santo, que nos foi dado (cfr. Rom. 5,5). Sendo assim, o primeiro e mais necessário dom é a CARIDADE, com que amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo por amor d'Ele. Para que esta caridade, como boa semente, cresça e frutifique na alma, cada fiel deve ouvir de bom grado a PALAVRA DE DEUS, e cumprir, com a ajuda da graça, a Sua vontade, participar frequentemente nos SACRAMENTOS, sobretudo na EUCARISTIA, e nas sagradas acções, dando-se continuamente à ORAÇÃO, à abnegação de si mesmo, ao serviço efectivo de seus irmãos e a toda a espécie de virtude; pois a caridade, vínculo da perfeição e plenitude da lei (cfr. Col. 3,14; Rom. 13,10), é que dirige todos os meios de santificação, os informa e leva a seu fim. E, pois, pela caridade para com Deus e o próximo que se caracteriza o verdadeiro discípulo de Cristo.
O MARTÍRIO, pelo qual o discípulo se torna semelhante ao mestre, que livremente aceitou a morte para salvação do mundo, e a Ele se conforma no derramamento do sangue, é considerado pela Igreja como um dom insigne e prova suprema de amor. E embora seja concedido a poucos, todos, porém, devem estar dispostos a confessar a Cristo diante dos homens e a segui-lo no caminho da cruz em meio das perseguições que nunca faltarão à Igreja.
A santidade da Igreja é também especialmente favorecida pelos múltiplos conselhos que o Senhor propõe no Evangelho aos Seus discípulos (132). Entre eles sobressai o de, com o coração mais facilmente indiviso (cfr. 1 Cor. 7, 32-34), se consagrarem só a Deus, na VIRGINDADE OU NO CELIBATO, dom da graça divina que o Pai concede a alguns (cfr. Mt. 19,11; 1 Cor. 7,7) (133). Esta continência perfeita, abraçada pelo reino dos céus, foi sempre tida em grande estima pela Igreja, como sinal e incentivo do amor e ainda como fonte privilegiada de fecundidade espiritual no mundo.
Sendo necessário que sempre e em todo o tempo os discípulos imitem a caridade e a humildade de Cristo e delas dêem testemunho, a mãe Igreja alegra-se por encontrar no seu seio muitos homens e mulheres que seguem mais de perto o abatimento do Salvador e mais claramente o manifestam, abraçando a POBREZA na liberdade dos filhos de Deus e renunciando às próprias vontades: em matéria de perfeição, ( pela OBEDIÊNCIA ) se sujeitam, por amor de Deus, ao homem, para além do que é de obrigação, a fim de mais plenamente se conformarem a Cristo obediente.
TODOS OS CRISTÃOS são, pois, chamados e obrigados a tender à santidade e PERFEIÇÃO DO PRÓPRIO ESTADO. Procurem, por isso, ordenar rectamente os próprios afectos, para não serem impedidos de avançar na perfeição da caridade pelo uso das coisas terrenas e pelo apego às riquezas, em oposição ao espírito da pobreza evangélica, segundo o conselho do Apóstolo: os que usam no mundo, façam-no como se dele não usassem, pois é transitório o cenário deste mundo ( 1 Cor. 7,31 ).( nº. 42 )

B) MUNUS EPISCOPAL DE SANTIFICAR

"Como santificadores, PROCUREM OS BISPOS PROMOVER A SANTIDADE dos seus clérigos, dos religiosos e dos leigos, segundo a vocação de cada um (11), lembrando-se da obrigação que têm de dar exemplo de santidade pela caridade, humildade e simplicidade de vida. Santifiquem de tal modo as igrejas que lhes estão confiadas, que nelas brilhe plenamente o modo de sentir de toda a Igreja de Cristo. Por isso, promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as missionárias" ( Christ. Dom. 15 ).
O MINISTÉRIO DE SANTIFICAÇÃO DO BISPO tem por objectivo a santidade do Povo de Deus, que é dom da graça divina e manifestação do primado de Deus na vida da Igreja. Por isso, no seu ministério, deve fomentar incansavelmente uma verdadeira e própria pastoral e pedagogia da santidade, de tal modo que se realize o programa, proposto no capítulo quinto da Constituição Lumen gentium, sobre a vocação universal à santidade" ( Pastores Gregis, 41 ).

C) MUNUS SACERDOTAL DE SANTIFICAR

"Reproponho a todos os sacerdotes aquilo que já numa outra ocasião disse a muitos deles: "a vocação sacerdotal é essencialmente um chamamento à santidade na forma que nasce do sacramento da Ordem. A santidade é intimidade com Deus, é imitação de Cristo pobre, casto e humilde; é amor sem reserva às almas e entrega pelo seu próprio bem; é amor à Igreja que é santa e nos quer santos, porque assim é a missão que Cristo lhe confiou. Cada um de vós deve ser santo também para ajudar os irmãos a seguir a sua vocação à santidade.
Como não reflectir (...) sobre o papel essencial que o Espírito Santo desempenha na específica chamada à santidade, que é própria do ministério sacerdotal? Recordemos as palavras do rito da ordenação sacerdotal que são consideradas centrais na fórmula sacramental: 'Concedei, Pai Omnipotente, a estes vossos filhos a dignidade do presbiterado. Renovai neles a efusão do vosso Espírito de santidade; cumpram fielmente, Senhor, o ministério do segundo grau sacerdotal de Vós recebido e com o seu exemplo guiem a todos para uma íntegra conduta de vida'.
Mediante a Ordenação, caríssimos, recebestes o mesmo Espírito de Cristo que vos torna semelhantes a Ele, a fim de que possais agir em seu nome e viver em vós os seus próprios sentimentos. Esta comunhão íntima com o Espírito de Cristo, enquanto garante a eficácia da acção sacramental que vós realizais "in persona Christi", exige também exprimir-se no fervor da oração, na caridade pastoral de um ministério incansavelmente orientado para a salvação dos irmãos. Requer, numa palavra, a vossa santificação pessoal" ( Pastores dabo vobis, 33 ).
"Deus, que é o único santo e santificação, quis unir a si, como companheiros e colaboradores, homens que servissem humildemente a obra da santificação. Donde vem que os presbíteros são consagrados por Deus, por meio do ministério dos Bispos, para que, feitos de modo especial participantes do sacerdócio de Cristo, sejam na celebração sagrada ministros d'Aquele que na Liturgia exerce perenemente o seu ofício sacerdotal a nosso favor (12). Na verdade, introduzem os homens no Povo de Deus pelo Baptismo; pelo sacramento da Penitência, reconciliam os pecadores com Deus e com a Igreja; com o óleo dos enfermos, aliviam os doentes; sobretudo com a celebração da missa, oferecem sacramentalmente o Sacrifício de Cristo. Em todos os sacramentos, porém, como já nos tempos da Igreja primitiva testemunhou S. Inácio mártir, os presbíteros unem-se hierarquicamente de diversos modos com o Bispo, e assim o tornam de algum modo presente em todas as assembleias dos fiéis.
Os restantes sacramentos, porém, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado; estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam" ( Presbyt. Ordi., 5 ).

D) A LITURGIA E A SANTIFICAÇÃO DO POVO DE DEUS

Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua igreja, especialmente nas ACÇÕES LITÚRGICAS. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro - «O que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» -quer e sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presente com o seu dinamismo nos Sacramentos, de modo que, quando alguém baptiza, é o próprio Cristo que baptiza. Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt. 18,20).
Em tão grande obra, que permite que Deus seja perfeitamente glorificado e que os homens se santifiquem, Cristo associa sempre a si a Igreja, sua esposa muito amada, a qual invoca o seu Senhor e por meio dele rende culto ao Eterno Pai.
Com razão se considera a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça e membros - presta a Deus o culto público integral.
Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, acção sagrada por excelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra acção da Igreja" ( Sacros. Concil., 7 ).
"O MISTÉRIO EUCARÍSTICO – sacrifício, presença, banquete – não permite reduções nem instrumentalizações; há-de ser vivido na sua integridade, quer na celebração, quer no colóquio íntimo com Jesus acabado de receber na comunhão, quer no período da adoração eucarística fora da Missa. Então a Igreja fica solidamente edificada, e exprime-se o que ela é verdadeiramente: una, santa, católica e apostólica; povo, templo e família de Deus; corpo e esposa de Cristo, animada pelo Espírito Santo; sacramento universal de salvação e comunhão hierarquicamente organizada ( Ecclesia de Eucharistia, 61 ).

E) RESPIGANDO O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

- "O Símbolo ( Credo ) divide-se em três partes: "em primeiro lugar, trata da Primeira Pessoa divina e da obra admirável da criação; em segundo lugar, da Segunda Pessoa divina e do mistério da redenção dos homens; finalmente da Terceira Pessoa divina, fonte e princípio da nossa santificação" ( § 190 ).
- "Em todos os tempos e em todas as nações foi agradável a Deus aquele que O teme e pratica a justiça. No entanto, aprouve a Deus salvar e santificar os homens não individualmente, excluída qualquer ligação entre si, mas constituindo-os em povo que O conhecesse na verdade e O servisse na santidade" ( § 781 ).
- "Existem fora das fronteiras visíveis da Igreja Católica muitos elementos de santificação e de verdade" ( § 819 ).
- "A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele. Por Ele e n'Ele, torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, para a santificação dos homens e glorificação de Deus" ( § 824 ).
- "Os fiéis participam, dum modo particular, no múnus da santificação, levando uma vida conjugal em conformidade com o espírito cristão e proporcionando a seus filhos e educação cristã ( § 902 ).
- "Cristo ressuscitado, ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos, confia-lhes o seu poder santificador (...) Esta sucessão apostólica estrutura toda a vida litúrgica da Igreja" ( § 1087 )


F) PRECAVENDO E SINTETIZANDO

"A história das culturas e das religiões mostra-nos a explosiva periculosidade das falsas ideias sobre a perfectibilidade do homem. Às vezes, nas classes dominantes aflora uma tendência a considerarem-se como eleitos e perfeitos, desprezando o resto da humanidade. Também certas autoridades religiosas justificam o seu estilo autoritário atribuindo a si alto grau de perfeição, com desprezo do povo ignorante e imaturo. Certo tipo de calvinismo, exportado para os Estados Unidos da América e para a África do Sul justificava imensos abusos e opressões em virtude da sua presumida perfeição superior. O "mito do século XX" de Hitler e de Rosemberg propagou o delírio duma raça perfeita. Certo tipo de marxismo tem esperado o surgimento uma sociedade perfeita, vivendo uma paz eterna que deve instaurar-se por meio do ódio e da luta de classes guiada de acordo com a dialéctica marxista. Numa parte da psicologia moderna, reina a ideia da autorealização e da autoperfeição, como ideia central de psicoterapia e da pedagogia. Não estamos contra a ideia de que o homem realize as suas melhores capacidades. Mas, no momento em que a realização se converte na ideia central e no fio condutor, cresce um egocentrismo obsessivo, causa de muitas enfermidades psicossomáticas e de tanta miséria espiritual.

Somente um profundo conhecimento da ideia cristã de santificação e de perfeição nos permite dizer um não coerente a todas estas perigosas perspectivas. Aquele que, antes de tudo, busca a si mesmo, perde a sua verdadeira dignidade e a sua vocação autêntica. Morrendo ao egoísmo e vivendo para o reino do amor, da justiça e da paz, encontramos a nossa verdadeira identidade e a autenticidade de redimidos". ( "Dicionário de Teologia Moral", adaptado da edição espanhola por Marciano Vidal, Paulus )


3. LEITURA DE CAMPO

A) O PORQUÊ DO INQUÉRITO FEITO

No primeiro ano deste triénio, a acentuação recaiu essencialmente sobre a EVANGELIZAÇÃO. O OBJECTIVO GERAL era "ANUNCIAR", proclamando o Evangelho ou a Boa Nova de Jesus Cristo, caminho para a Santidade, por meio do serviço, do diálogo e testemunho da comunhão, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a Comunidade, formando o Povo de Deus e participando na construção duma sociedade mais justa e solidária, a caminho do Reino definitivo. O OBJECTIVO ESPECÍFICO era ANUNCIAR o Evangelho de Jesus Cristo, sua pessoa, vida, morte e ressurreição para proporcionar o encontro pessoal com Cristo, na Comunidade e ajudar cada pessoa na adesão a Ele, no compromisso de O seguir e na realização da tarefa missionária por Ele confiada à Igreja.
Recapitulando, o Objectivo Geral do ano anterior apontava para o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo, caminho de santidade, e o Objectivo Específico pretendia que a Evangelização provocasse o encontro pessoal com Cristo, na Comunidade e no mundo.

Como foi citada acima, na Fundamentação do Tema deste Plano, a "Lumen Gentium", no nº. 42, entre os caminhos e meios para a santidade, diz que o primeiro dom é a CARIDADE. Para que esta Caridade, como boa semente, cresça e frutifique na alma, o fiel deve ouvir e cumprir a PALAVRA DE DEUS, participar nos SACRAMENTOS, sobretudo na EUCARISTIA, e dar-se continuamente à ORAÇÃO
Por isso, a Equipa da Arquidiocese do Lubango, na proposta de Plano para a Santificação - no 2º ano do triénio - fez incidir o Inquérito da Leitura de Campo essencialmente sobre os SACRAMENTOS, onde a ORAÇÃO tem o seu vértice e onde a PALAVRA DE DEUS é ouvida e comentada duma forma gradual e consequente para vida do cristão.
Sendo o SACERDOTE o grande intermediário da Santificação, impunha-se uma análise à Pastoral Vocacional, e um exame sobre a actual pastoral da santificação dos fiéis, nas Comunidades. A Liturgia das Horas e a piedade popular, a níveis distintos, são modos de orar que alimentam a santificação. Por último, foi chamada à colação também a feitiçaria, dada a preocupação nacional sobre esse ponto e o impacto negativo que a mesma tem no conceito e na vivência da fé, entre os fiéis e que desvirtua o cerne mais genuíno da Caridade.
Assim entendida a proposta, as Opções Prioritárias do Plano deveriam apontar para a revisão da pastoral integral relativa a cada Sacramento, para a espiritualidade exigida aos sacerdotes, ministros dos sacramentos, para a liturgia de cada celebração sacramental e para a vida social dos fiéis, derivada da vivência de cada sacramento recebido. Os outros ítens do Inquérito, analisados devidamente, apresentariam também Opções com forte valor em si mesmas e como visão e acréscimo da santificação, pessoal e comunitária.
Era, pois, necessário e oportuno fazer uma "LEITURA DE CAMPO" a mais abrangente possível que desse fundamento real às Opções do Plano a propor. Este Inquérito foi dirigido às 16 Dioceses de Angola, tendo respondido as de Saurimo, Sumbe, Benguela e Lubango. Foi a partir das respostas chegadas que se elaborou a "Leitura de Campo" e se recolheram as "Interpelações" que iriam dar base às "Prioridades" e às "Opções Pastorais"

B) PISTAS DE ANÁLISE DO INQUÉRITO
E SÍNTESE DAS RESPOSTAS RECEBIDAS

1ª. Regista-se, no clero, mais um activismo pastoral ou uma verdadeira pastoral da santificação dos fiéis?

As respostas apontaram para as seguintes conclusões:
a) Alguns sacerdotes - talvez poucos... - preocupam-se, de facto, com a santificação dos fiéis.
b) Contudo as mesmas respostas sublinham muitas deficiências neste capítulo:
- A luta dos sacerdotes pela sua subsistência obriga-os a bastante afastamento da paróquia, resultando daí muita falta de atendimento espiritual dos fiéis.
- O Padre é visto, por muitos cristãos, como mero profissional da Igreja.
c) Daí que haja propostas no sentido de:
- Ser revisto o cultivo da santificação do próprio clero, com seminários, retiros, mais oração, etc.
- Reexaminar o estatuto económico do clero para que os sacerdotes possam ser, de verdade, os grandes instrumentos de santificação do Povo de Deus.
- Mais. Devem ser melhor programadas certas celebrações diocesanas, como é o caso de ordenações, para não impedirem os padres, ao Domingo, de celebrarem as Eucaristias.

2ª. No povo de Deus, existe, de facto, um sentido eucarístico profundo e igual vivência das várias expressões da devoção eucarística?

a) O sentido eucarístico dos fiéis deixa muito a desejar e, se o analisarmos na sua profundidade, mais negativa fica a apreciação.
b) Causas?
- A ausência ou a falta dos sacerdotes pode não permitir a frequência eucarística.
- A falta de catequese eucarística de adultos deixa os seus efeitos:
- Perda ou carência do sentido eucarístico
- Associação da missa a simples parte integrante dum funeral, duma festa de família ou da celebração doutro sacramento.
- Pouca conversão da Eucaristia em sentido da vida.
- De apontar ainda a participação passiva de muitos fiéis na missa, sem comunhão, ou comungando sem o sacramento da Penitência.
c) Propõe-se, então:
- Incrementar mais e melhor a catequese eucarística dos adultos
- Organizar a celebração de determinadas eucaristias com a pedagogia de aprofundamento do sentido do Sacramento e das suas consequências para a vida.

3ª. A pastoral do Baptismo coloca verdadeira exigência de conversão nos pais das crianças?

Quanto ao Baptismo como oportunidade de conversão, sobretudo dos pais, as respostas reflectiram o seguinte:
a) É de toda a justiça realçar os efeitos benéficos das reuniões e actividades de preparação para o Baptismo, quanto a pais e padrinhos, gerando mesmo verdadeiros "catequistas" dos filhos.
b) Contudo, para muitos, essa preparação é simples cumprimento duma obrigação e o Baptismo continua a ser uma mera festa social.
- Convém ainda chamar a atenção para o modo de realizar a respectiva celebração que poderá também exercer efeitos negativos.
c) Propõe-se, pois:
- Rever o modo de fazer a preparação para o Baptismo.
- Colocar mais atenção e tempo na formação dos responsáveis dessa preparação.
- Avaliar, com as devidas consequências, o modo de celebrar paroquialmente o sacramento do Baptismo.
- Rever os critérios de aceitação das crianças de mais tenra idade para o baptismo, de acordo com uma Pastoral exigente e na linha do esforço actual tendente a motivar os pais para uma vida conjugal consentânea com o sacramento que pedem.

4ª. O sacramento da Confirmação é preparado e vivido com a necessária maturidade cristã?

Quanto à Confirmação, as respostas disseram:
a) Recebido o Crisma, uma grande parte dos confirmados não se assume, na vida, como tal:
- Com o abandono da Igreja.
- Ingressando nas seitas.
- Não optando pelo matrimónio, para a vida conjugal
- Caindo nos piores vícios
b) Como causas aponta-se sobretudo o modo de programar a preparação dos confirmandos e a falta de preparação dos catequistas do Crisma para tal múnus.
c) Daí que as propostas sejam fundadamente:
- Rever os critérios de maturidade para a recepção da Confirmação.
- Rever a formação dos catequistas dos confirmandos.
- Prolongar, tanto quanto possível, a catequese de adultos, com os confirmados, num dinamismo de inserção eclesial e de vivência cristã consequencial.

5ª. Os fiéis que comungam, na sua generalidade, confessam-se com frequência?

As respostas a este item, na generalidade, são muito negativas:
a) São escassas as confissões frequentes. As pessoas confessam-se preferentemente nos tempos litúrgicos mais apelativos - Advento e Quaresma - ou durante uma peregrinação. Onde há sacerdotes disponíveis e com um serviço pastoral bem programado, isso já não acontece. Acentua-se demasiado a ausência da frequência deste sacramento nos jovens. Tudo isto faz com que as comunhões, nas missas, talvez não tenham o mesmo efeito de conversão.
b) Como causas desta situação pode ser:
- A falta de sentido de pecado,
- A falta de catequese penitencial
- Um receio infundado de expor a sua própria intimidade,
- assim como também a falta de disponibilidade de muitos sacerdotes.
c) Propõe-se, então:
- Primeiramente, uma sensibilização do clero para a disponibilidade
- Uma catequese penitencial bem administrada, já que não é fácil
- Uma pastoral juvenil mais catequética que leve a ter da Penitência um sentido de verdadeira conversão.

6ª. A unção dos enfermos obedece a urgências pontuais ou está enquadrada numa pastoral da saúde bem articulada com a pastoral sacramental e sócio-caritativa?

É um ponto delicado da pastoral da saúde:
a) Em muitas paróquias, há serviços bem estruturados de atendimento contínuo ao doente e ao idoso, por meio de serviços sócio-caritativo, dos Ministros Extraordinários da Comunhão e, de alguns movimentos, por exemplo. das Conferências Vicentinas. Infelizmente isto nem sempre acontece e, então, a Unção dos Enfermos é acontecimento pontual isolado na vida da família.
b) Durante muito tempo, pouco se ligou a dar às famílias uma catequese adequada sobre a verdadeira natureza deste Sacramento. Aos jovens, é difícil dá-la porque estes só pensam na vida a florescer. Na generalidade das pessoas e famílias, a ida do Padre, para administrar a Unção dos Enfermos é o sinal mais real de que não há mais nada a fazer.
c) As propostas vão no sentido de:
- Ser pensado e realizado, em todas as paróquias/ missões, um serviço sócio-caritativo que seja acompanhamento humano, espiritual e material dos mais pobres e dos mais doentes.
- Que haja, com assiduidade, celebrações de doentes, se possível, com preparação para a administração deste Sacramento. O Dia do Doente é uma data muito propícia.
- Na pastoral familiar, não esquecer o aspecto inevitável do mistério da doença e da morte, como momentos de identificação com a Paixão redentora de Cristo e como participação definitiva na sua Ressurreição.

7ª. Os jovens estão a optar pelo matrimónio como fruto duma catequese adolescencial e juvenil bem programada e realizada?

a) Como dizia uma das respostas dadas... para muitos jovens, o matrimónio é ainda "um monstro adormecido". Ninguém quer falar dele.
- A opção mais corrente é viver maritalmente ou fazendo filhos, pontualmente, sem qualquer compromisso.
- Os jovens namoram, mas sem pensar no casamento, daí que seja maior o número de amigados que de casados, mesmo entre aqueles que fizeram uma caminhada cristã.
b) As causas poderão estar
- Na falta de testemunho dos pais
- Na falta duma catequese adolescencial e juvenil bem organizada e administrada.
- No medo de casarem, dada a sua depauperada situação económica
- No ambiente de contravalores sociais que se respira hoje.
- Na falta de maturidade - nomeadamente na fé - dos nossos jovens
c) A única solução proposta é a preocupação das paróquias/missões por organizarem melhor e com pessoas mais adequadas a Catequese juvenil dirigida para este particular, sobretudo depois da recepção do Crisma

8ª. A pastoral vocacional obedece a um perfeito plano de sensibilização e de discernimento dos candidatos?

Este é um ponto muito sensível, com muitos altos e baixos.
a) Onde há uma boa organização diocesana, também as equipas paroquiais funcionam melhor. E, se os párocos têm uma boa sensibilidade e acompanhamento mais próximo dos vocacionados, os frutos são também muito positivos. No entanto,
- Há muitos casos de escassa pastoral vocacional.
- E, em diversas Comunidades Paroquiais, esta pastoral nem existe, pelo menos estruturada e integrada.
b) As causas, positivas ou negativas, das diversas situações desta pastoral, ficam a dever-se ao bom ou mau trabalho dos párocos, das equipas paroquiais e dos serviços diocesanos, do sector.
- Também se deve anotar muita falta de informação e de maturidade vocacional dos possíveis candidatos
- E uma situação social que tanto pode afastar - pelo convite ao materialismo - como convidar a ser vocacionado - para ascender a um estatuto social não atingível doutro modo.
c) As propostas vão essencialmente no sentido
- De estruturar bem as equipas vocacionais, paroquiais e diocesanas, com gente dedicada e competente,
- De dar à Catequese juvenil uma vertente de reflexão vocacional bem orientada para a maturidade, nas diversas opções cristãs
- Um trabalho com as famílias, tendente a gerar nelas a vocação de "primeiros seminários", como diz o Concílio"
- Um trabalho conjunto bem delineado da Paróquia com as Casas de Institutos Religiosos nela sedeados.

9ª. A Liturgia das Horas ocupa lugar condigno na vida da comunidade?

a) A Liturgia das Horas está ainda longe de ser entendida como oração do Povo. Há, em certas zonas, a prática da reza da Liturgia das Horas, em capelas de bairro e nas missas paroquiais diárias. Contudo, não é a prática mais corrente.
b) As causas são muitas e, nalguns pontos, dificilmente superáveis:
- Muito analfabetismo dos fiéis.
- Dificuldade no acesso aos livros de horas
- Pouco hábito de leitura, entre a população.
- Preferência por uma liturgia mais passiva: ouvir, sem intervir.
c) Não são muitas as propostas apresentadas, dada a situação real deste estado de coisas.
- Os párocos terão de trabalhar mais no sentido de darem formação neste particular e de irem introduzindo, nas eucaristias, esta prática.
- Os Secretariados Diocesanos de Liturgia deveriam intensificar a sua acção neste capítulo, junto dos párocos e das suas Comunidades.
As Comunidades Religiosas, pelo testemunho, pelo convite a rezarem com elas e pela interactividade com as Comunidades locais., têm, neste capítulo, um papel importante a desempenhar.

10ª. Os actos de piedade mais populares são fruto de mero tradicionalismo ou estão a beneficiar duma catequese de adultos bem enquadrada e realizada?

a) De facto,
- Existe um tradicionalismo bastante acentuado, nos actos de piedade mais populares.
- Certos movimentos e associações movem-se também muito nesse plano.
b) As causas poderão radicar
- Numa evangelização não muito bem feita,
- Numa falta de catequese de adultos sobre a oração
- Na falta de cultura de base e de formação religiosa duma franja bastante ampla de cristãos
- Na falta de preparação dos responsáveis dos Movimentos para o fiel desempenho das suas responsabilidades.
c) As propostas vão exactamente no sentido das causas:
- Programar e administrar uma Catequese de Adultos que incida fortemente sobre este particular.
- Programar ainda a alfabetização para as pessoas terem mais facilidade de acesso à Palavra de Deu e à cultura religiosa.
- Insistir junto dos Responsáveis diocesanos da Pastoral de Leigos - nomeadamente no Conselho Diocesano de Leigos - para dinamizarem os Movimentos, no sentido de serem mais exigentes para com os seus animadores, aos diversos níveis.
- Na pastoral familiar, inculcar muito a necessidade e as formas de oração em família.

11ª. Destas duas alternativas - vida sacramental ou apego à feitiçaria - qual delas tem mais impacto na vida religiosa de muitos cristãos?

a) Este item teve muitas variantes nas respostas. Apesar de haver um certo denominador comum que afirma ser maior impacto o da vida sacramental, por ex. uma resposta afirmava que a vida sacramental terá 75% de impacto e a feitiçaria 25%.
- Um outro dado muito sublinhado foi o da verificação de que a mentalidade e a prática da feitiçaria está bastante presente em muitos catequistas em actividade.
- Momentos mais fortes na vida da família – doenças, mortes, etc. - costumam ser ainda momentos propícios à consulta dos adivinhos, feiticeiros, etc.
- No acto de recorrer ao sacerdote, para determinadas necessidades, aparentemente do campo da fé, sobressai, por vezes, o objectivo feiticista.
b) As causas de a feitiçaria estar ainda muito presente entre os cristãos certamente são muitas. Algumas delas poderão ser:
- Tradições culturais demasiado arreigadas e ainda não esclarecidas pela evangelização.
- Falta de aprofundamento da catequese sacramental, o que pode levar a ver os Sacramentos como actos mágicos.
- Falta de verdadeira cultura religiosa, não apenas nos fiéis, mas também em muitos catequistas.
- Falta de catequese de adultos que ajude a purificar a fé.
c) Como propostas práticas, muito embora seja difícil mudar mentalidades muito fixadas na feitiçaria, poderiam apresentar-se as seguintes:
- Programar uma Catequese de adultos mais abrangente e integrativa dos vários aspectos do aprofundamento da fé, da vida sacramental e da vida cristã.
- Programar acções de mentalização e de aprofundamento da fé exclusivamente para esclarecer as causas e os malefícios da feitiçaria.




C) "INTERPELAÇÕES" PASTORAIS QUE MAIS NOS DESAFIAM

1ª. O facto de terem sido poucas as Dioceses a responderem ao Inquérito deste Plano pode levar-nos a perguntar: Haverá Secretariados de Pastoral em todas elas e a funcionarem bem?
2ª. Muitos sacerdotes - nomeadamente párocos -certamente terão de rever critérios pastorais.
3ª. O estatuto económico do clero afigura-se como inexistente, pelo que muitos sacerdotes não atendem convenientemente os fiéis.
4ª. A Catequese de Adultos, salvo honrosas excepções, surge como muito deficitária, na sua organização, nos seus catequistas e nos seus frutos.
5ª. No povo de Deus, regista-se uma acentuada carência do sentido eucarístico profundo.
6ª. As missas, tal como as celebramos, não aparecem, em muitos casos, como convite à conversão.
7ª. Os fiéis recordam a necessidade dum cultivo mais esmerado da santidade nos sacerdotes.
8ª. Talvez a preparação de pais e padrinhos de baptizandos não seja a mais conveniente. Há muitas lamentações sobre a formação de quem integra equipas de preparação para os diversos sacramentos.
9ª. Cultivar mais a forma de realizar as celebrações dos diversos sacramentos.
10ª. Com certeza que seria óptimo, a nível diocesano e vicarial, afinar os critérios de aceitação de crianças de colo ao baptismo.
11ª. A Confirmação, de facto, não está a "confirmar" cristãos, urge rever profundamente a sua pastoral.
12ª. Quanto ao Sacramento da Penitência, regista-se uma carência acentuada na sua frequência, por apatia espiritual dos fiéis e por falta de disponibilidade dos sacerdotes.
13ª. A unção dos enfermos está muito relacionada com a pastoral sócio-caritativa e esta talvez mereça mais atenção e melhor organização.
14ª. O sacramento do matrimónio atrai pouco a juventude. Certamente que devemos repensar a pastoral adolescencial e juvenil.
15ª. A pastoral vocacional aparentemente não parece estar a ser a melhor. Que alterar? Mais. Não aparece muito o papel "pastoral" dos seminários e das casas de Religiosos/as, salvo preciosas excepções.
16ª. A Liturgia das Horas está numa fase muito incipiente. Sente-se que devemos fazer algo nesse sentido.
17ª. A análise do modo como os fiéis encaram os actos de piedade poderá ser um desafio a uma "nova Evangelização" do povo simples.
18ª. O ponto anterior apresenta-se também como um desafio à renovação de métodos, nos Movimentos e Associações.
19ª. Outra faceta da reflexão sobre os actos de piedade popular é uma revisão da oração em família.
20ª. Das respostas chegadas e da nossa experiência pastoral, deduzimos um poder muito forte ainda da mentalidade feiticista e mágica, nos cristãos e em alguns catequistas. Não se divisa muito o estudo sério e aprofundado do papel da leitura dos valores das culturas e da evangelização das suas tradições.
21ª. Também na consideração sobre a feitiçaria a Igreja sai desafiada para uma atenção redobrada à evangelização e promoção da gente mais simples.
22ª. Muito embora se afirme que a vida sacramental tem muita incidência no povo Deus, a leitura das respostas ao inquérito não nos permite concluir que os cristãos tenham, na sua generalidade, um sentido autêntico da sua vocação à santidade, nem da vida sacramental como verdadeiro encontro com Cristo, nossa Vida e nossa Ressurreição.
23ª. A presença dos cristãos na sociedade está pouco influenciada pela sua vida litúrgica e comunitária, o que não permite esperar das realidades temporais um humanismo mais próximo dos direitos e da dignidade da pessoa e uma fermentação mais activa do Evangelho.



D) PRIORIDADES PASTORAIS A CONSIDERAR

1ª. Convém que, em todas as Dioceses, existam e funcionem bem, com as pessoas mais preparadas e adequadas, os órgãos da Cúria mais directamente ligados à Palavra de Deus, aos Sacramentos e Oração, como são, o Conselho e Secretariado da Pastoral, o Secretariado para a Pastoral Bíblica, o Secretariado da Liturgia, o Secretariado Vocacional e o Conselho de Leigos. Até os Tribunais eclesiásticos poderão ter uma palavra válida a dizer, no momento oportuno
2ª. Os Padres deverão poder dedicar-se mais directamente à santificação dos fiéis, o que exige disponibilidade e tempo. Impõe-se dar fundos e gerir bem o Estatuto Económico do Clero.
3ª. A Catequese de Adultos aparece sempre como deficitária. Tanto a nível diocesano como paroquial, é imperioso rever a organização e o dinamismo do Secretariado da Catequese de Adultos.
4ª. A preparação dos Sacramentos de Iniciação é vista como muito pobre nos formadores e nos frutos. Secretariado Diocesano de Liturgia e Equipas paroquiais para cada sacramento têm de rever pessoas e métodos.
5ª. A Catequese Vocacional - consagrada e matrimonial - assim como a Pastoral de Família requerem muita avaliação e optimização.
6ª. Ensinar o Povo a rezar, com forte incidência na Liturgia das Horas e na ultrapassagem de tradicionalismos, na piedade popular, deve ser uma aposta para levar os fiéis a melhor combinarem existencialmente a Liturgia e a Vida.
7ª. A purificação da fé, para superação da Superstição, deve cobrir sobretudo as zonas geográficas e as franjas culturais mais atingidas.
8ª A caminhada para a santidade deve projectar os fiéis para os mais pobres e desvalidos. Isto requer que a Pastoral Sócio-Caritativa e Justiça e Paz, a nível diocesano e paroquial, empenhem elevado número de cristãos dedicados e Ministros Extraordinários da Comunhão. Estes cristãos levarão aos irmãos geralmente mais marginalizados a partilha da Fé, o testemunho da Caridade, a força da Esperança e a Pessoa de Cristo, pela Comunhão, pelo acompanhamento humano e pela Unção dos Enfermos.
9ª. É muito natural que as Interpelações Pastorais, acima elencadas, possam ajudar a encontrar mais Prioridades, segundo a situação pastoral e social de cada Diocese.



4. OPÇÕES DO PLANO PASTORAL

1ª. PROCLAMAR E FOMENTAR A VOCAÇÃO UNIVERSAL À SANTIDADE

OBJECTIVO GERAL: "ANUNCIAR" A VOCAÇÃO UNIVERSAL À SANTIDADE, À COMUNIDADE
“Fala a toda comunidade dos israelitas, e diz-lhe: Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou Santo”
(Lv 19,2)
Objectivos pedagógico-pastorais:"ANUNCIAR à Comunidade a vocação universal à santidade requer rever e organizar bem os meios de "falar" à Comunidade.

1º.Objectivo específico: Na Paróquia ou na Missão
AGENTES: Párocos e Responsáveis paroquiais, com a Coordenação do Conselho Paroquial
- Criar ou Avaliar e Reorganizar certos vectores da Pastoral Paroquial e das Missões e Formar os seus catequistas:
- Velar pela Catequese das diversas idades, com forte incidência na Catequeses juvenil e de adultos e, ainda, a vocacional
- Organizar ou melhorar a Pastoral Litúrgica
- Fomentar e estruturar bem a Pastoral Sócio-caritativa, com particular destaque para o múnus dos Ministros Extraordinários da Comunhão.
- Criar seminários, palestras e acções de consciencialização para o compromisso cristão de fermentar a sociedade com valores evangélicos.

2º. Objectivo específico: Na Cúria Diocesana
AGENTES: Bispo e Responsáveis diocesanos, com a coordenação do Conselho Diocesano de Pastoral
- Dar aos serviços pastorais da Cúria um carácter e um dinamismo de animação subsidiária e de formação nos sectores homónimos das Paróquias e Missões.
- Criar ou reorganizar, na Cúria Diocesana, com pessoas com sensibilidade e preparação, os órgãos que seguem:
- Secretariados da Catequese dirigidos às várias idades
- Pastoral vocacional,
- Pastoral Bíblica e Litúrgica
- Pastoral Sócio-caritativa
- Pastoral Social
- Criar, se não houver, o Conselho de Pastoral, Conselho de Leigos e Conselho de Religiosos, com a coordenação dum Vigário Episcopal, para cada um, em particular.





2ª. PROMOVER A SANTIDADE DO CLERO E DOS RELIGIOSOS

OBJECTIVO GERAL: SANTIFICAR OS SANTIFICADORES
“Para as minhas ovelhas, estabelecerei pastores que as apascentarão. Não sentirão medo ou pavor e nenhuma delas faltará”
(Jr 23,4). “Assim os homens vejam em nós ministros de Cristo e administradores dos mistérios de Deus”(1Cor 4,1)

Objectivos pedagógico-pastorais: Promover a santidade do clero e dos religiosos para poderem dar exemplo pela caridade, pela humildade, pelo testemunho e pelo serviço ( Christus Dominus", nº. 15, e "Perfectae Charitatis, nº. 7 )

1º.Objectivo específico: Santificação do Clero e formação dos candidatos ao sacerdócio, em ordem à santificação
AGENTES: Bispo, Comissão da Pastoral do Clero, Reitores dos Seminários, Conselho Diocesano de Religiosos e Párocos
- Rever o trabalho das equipas Vocacionais Paroquiais,
- Seleccionar e formar bem o clero nas exigências, pessoais e pastorais, da santidade e permitir-lhe usar da maior disponibilidade para o Povo de Deus.
- Rever a formação espiritual dos seminaristas,
- Rever os tempos e espaços de santificação do clero

2º.Objectivo específico: Disponibilidade do Clero
AGENTES: Bispo, Conselho Diocesano de Economia e Conselho Diocesano de Vigários
- Criar, onde não houver, o Estatuto Económico do Clero, com fundos para a sustentação e assistência na doença e na velhice.
- Não permitir o trabalho isolado do clero, onde as condições humanas lhe não permitirem uma qualidade de vida necessária ao ministério.

3º.Objectivo específico: Santificação do(a)s Religioso(a)s e seu testemunho, nas Comunidades
AGENTES: Bispo, Conselho Diocesano de Religiosos, Párocos e Superiores/as Religiosos/as
- Intensificar a espiritualidade dos Consagrados, na correspondência ao carisma específico de cada Instituto Religioso
- Converter as Comunidades Religiosas em centros de espiritualidade, com abertura ao Povo de Deus.
- Integrar, mais ainda, os/as Religiosos/as nas várias dimensões da Pastoral de Santificação da Paróquia.

3ª. DAR PRIMAZIA À CARIDADE, NAS COMUNIDADES

OBJECTIVO GERAL: PRIVELIGIAR A CARIDADE, EM RELAÇÃO ÀS ESTRUTURAS
“No presente permanecem estas três: fé, esperança e caridade; delas, porém, a mais excelente é a caridade”
(1Cor 13,13)
Objectivos pedagógico-pastorais: Transformar a Comunidade eclesial "num só coração e numa só alma" ( Cf. Act. 4, 32 )

1º.Objectivo específico: No Ministério do Bispo
AGENTES: Bispo
- Dar às Visitas Pastorais um carácter mais acentuadamente agápico, com os mesmos efeitos de Cristo no coração dos Discípulos de Emaús.
- Fazer muitas visitas informais às Paróquias e Missões, mesmo em dias da semana, para confraternização com o clero e com os leigos.
- Comunicarem sempre com o clero numa linha de fraternidade sacerdotal muito humanizada

2º.Objectivo específico: Nas Paróquias e Missões
AGENTES: Pároco e Responsáveis paroquiais
- Dar às Estruturas pastorais - Conselhos, Sectores de serviço, etc. - um ambiente de bem-estar fraternal.
- Transformar a administração dos Sacramentos - mormente da Eucaristia - em actos festivos de celebração do amor.
- Promover convívios e festas que sirvam para construir a Comunidade na confiança e na comunhão humana interpessoal.

4ª. NAS COMUNIDADES CRISTÃS, DAR LUGAR PRIORITÁRIO À VIDA LITÚRGICA E À ORAÇÃO

OBJECTIVO GERAL: CENTRAR TODO O DINAMISMO DA COMUNIDADE NA FORÇA DA LITURGIA E DA ORAÇÃO
“E Deus não fará justiça aos eleitos que clamam por ele dia e noite, mesmo quando os fizer esperar?”(Lc 18,7).
Objectivos pedagógico-pastorais: Dar à Oração e à Liturgia a razão de ser da Vida de Comunidade

1º.Objectivo específico: Na liturgia
AGENTES: Pároco e Secretariado paroquial de Liturgia
- Dar às Celebrações Litúrgicas um ar de verdadeira comunidade, evitando celebrações com tom de mero exclusivismo, de pessoas e grupos.
- Colocar a liturgia no centro de todo o dinamismo paroquial de oração.
- Preparar bem as homilias, os leitores e todos os que assistem ao altar.
- Dar maior expressão e formação especifica aos fiéis investidos nos Ministérios não Ordenados

2º. Objectivo específico: Na oração
AGENTES: Pároco, Secretariados de Catequeses das várias idades, Responsáveis das Associações e Movimentos e Superiores/as Religiosos/as
- Promover a formação do Povo de Deus para compreender melhor os actos da piedade popular, de modo a tirar deles mais consequências de conversão e de compromisso.
- Sensibilizar as Associações e Movimentos para um novo tipo de oração que converta os seus filiados em verdadeiros cristãos comprometidos com a Comunidade eclesial e humana.


5. INDICAÇÕES METODOLÓGICO-PEDAGÓGICAS, EM ORDEM AOS PROGRAMAS DIOCESANOS

A proposta que acaba de ser apresentada é um PLANO de âmbito NACIONAL. Para ser levado à prática, onde, de facto, as Opções do mesmo terão a sua concretização, é necessário elaborar, em cada Dioceses, o respectivo PROGRAMA, ou seja, a estratégia da acção pastoral consequente.
A partir das OPÇÕES PASTORAIS deste Plano e dos dados que cada Diocese possua de Leituras de Campo por ela efectuadas, urge, agora, elaborar o PROGRAMA DIOCESANO DE SANTIFICAÇÃO.
Para o efeito, é de toda a necessidade definir bem as OPÇÕES PROGRAMÁTICAS, com indicação e definição precisas de Agentes, Destinatários, Campos prioritários, Meios, Acções a desenvolver, possíveis obstáculos a encontrar, Tempos bem definidos, tanto para a realização como para as Avaliações e Optimizações da dinâmica em curso do referido Programa.
Tal trabalho de elaboração terá de ser feito pela Equipa própria - em princípio, pelo Secretariado Diocesano de Pastoral - e assumido, não apenas pelo Bispo, como também pelo Clero, pelos Religiosos e pelos Leigos mais Responsáveis na Pastoral Diocesana, com especial incidência na Cúria Diocesana e nas Paróquias/Missões.

TERMINOU O BIÉNIO PASTORAL KERIGMÁTICO DA IGREJA DE ANGOLA E SÃO TOMÉ (2005 E 2006)

Com o fim do Ano Litúrgico 2006, hoje, 2 de Dezembro, terminou o biénio pastoral da CEAST que teve como tema o Kerigma.

A partir da trilogia pastoral do método indutivo de revisão de vida que supõe três momentos, ver, julgar e agir, a CEAST colocou em 2005 à vivência dos cristãos católicos angolanos e santomenses três temas a nortear o ritmo pastoral: duc in altum in docendo – Anúncio kerigmático (momento do ver, do encontro, do examinar o acontecimento); duc in altum in santificando – Celebração (momento do juízo, do julgar, do compreender, do verificar, da profecia); duc in altum in regendo - Vivência do Mistério de Cristo (momento do agir, de colaborar, de comprometer‑se, da conversão).

O plano pastoral há dois anos concebido para um triénio, um ano para cada momento ou tema, na prática a insuficiência de tempo e a necessidade de mais análise e meditação lhe mudou os prazos para temas tão ricos e vastos. Por isso, o kerigma foi vivido em 2 anos (2005 e 2006) e o ano da santificação será vivido também em dois (2007 e 2008). Ver-se-á oportunamente a duração do terceiro tema.

A proposta dos temas partiu da consideração que a CEAST fez da NMI, da Pastores Gregis e doutras indicações do Magistério de João Paulo II bem como da situação das igrejas locais de Angola e São Tomé. Urgiu a ideia de renovação do anúncio kerigmático de Cristo para uma adesão de fé mais convicta e duma vida cristã mais coerente.
No primeiro biénio 2005 e 2006 vivémos o tema do Kerigma: duc in altum in docendo. Vivémos o anúncio do kerigma de Cristo, Filho de Deus, morto e ressuscitado e doador do Espírito Santo, a verdade sobre Cristo e a verdade sobre o homem em Cristo. O objectivo foi de levar a que as pessoas conhecessem o mistério de Cristo e chegassem a uma renovada profissão de fé n’Ele e amor à Igreja. Foi o momento do ver (acontecimento), pese embora cada momento exija na prática pequenos momentos do ver, julgar e agir. Terminou este biénio e uma reflexão se deixa à revisão dos crentes. Segue:

O KERYGMA

Finalidade: Vivência do encontro com o Ressuscitado. Amadurecer o sentido de pertencer à Igreja, da oração e da missionariedade.

INTRODUÇÃO

O Cristianismo não é um moralismo, nem uma religião no sentido das outras religiões em que a iniciativa é tomada pelo homem para procurar um encontro com o seu deus; o Cristianismo também não é uma filosofia. O Cristianismo é, fundamentalmente, uma BOA NOTÍCIA (KERYGMA): Jesus Cristo rompeu o cerco de morte e de pecado que nos escraviza; venceu a morte para que possamos passar a barreira que nos separa do outro e amá-lo. A morte foi vencida com a morte e ressurreição de Jesus Cristo e agora podemos amar-nos numa nova dimensão.

A PASTORAL ACTUAL

1. Hoje em dia, na Igreja Católica, falamos muito de “Nova Evangelização”, da necessidade de passar duma pastoral de sacramentalização para uma pastoral de evangelização, no entanto, os conceitos e as formas não se ajustam na prática pastoral. Na verdade, continuamos a pretender levar as pessoas a Jesus Cristo através dos sacramentos ou presenças (exposição do Santíssimo; sacramentos; hierarquia; pobres; etc.)...

Este tipo de pastoral serve apenas para um grupo de pessoas que continua a ir à Missa, mas não serve para aqueles que já abandonaram a paróquia. Esta é uma pastoral de consumo ou de conservação. Este tipo de pastoral não serve para os afastados da Igreja.

Para acreditar que Jesus Cristo está no Sacrário ou na Missa é preciso ter fé. Para acreditar que Jesus Cristo está na Confissão é preciso ter fé. Para acreditar que Jesus Cristo está nos padres e nos Bispos é preciso ainda mais fé. Para acreditar que Jesus está nos pobres e nos que sofrem é preciso muitíssima fé, porque o sofrimento escandaliza e faz duvidar da existência dum Deus de bondade e de misericórdia. Porque existem as guerras, a fome, o cancro ou SIDA, as injustiças no mundo?...

2. A Pastoral de Sacramentalização não é uma pastoral Missionária, porque ela não responde ao tipo de homem que está fora da Igreja. Temos de encontrar uma presença de Jesus Cristo que fale ao afastado da igreja e não tem fé, de tal modo que o homem pagão, ateu, des-sacralizado, técnico e pragmático, vendo essa presença ou sinal possa conhecer Jesus Cristo.

É preciso, então, que a Paróquia tenha sinais que chamem os homens à fé, para que as pessoas acreditem que Jesus Cristo é o Enviado do Pai para elas, saibam que Deus existe e não está indiferente aos seus sofrimentos e problemas, mas que enviou um Salvador, que é Jesus Cristo.

São necessários sinais que potenciem a pregação e chamem as pessoas a escutar a Boa Notícia. Quais são esses sinais? O Amor e a Unidade! (Jo 13, 35. 17, 21)!

3. Onde estão esses sinais? Onde estão os verdadeiros cristãos? O homem não aceita a insegurança, serve-se de Deus para alcançar o seu ideal de felicidade. O divórcio que vemos entre o cristianismo e a vida deve-se ao facto da religiosidade natural se ter infiltrado no cristianismo e, portanto, o homem de hoje não encontra as respostas últimas ao sentido da vida. Vive a fé num nível mágico.

É verdade que as nossas igrejas ainda estão cheias. Mas por pouco mais tempo... A guerra acabou, vive-se agora um clima económico efervescente, os interesses são outros. Vislumbra-se um processo de secularização, em que as pessoas se vão tornando ateias práticas, devido aos avanços económicos. O ateísmo deixa de ser um fenómeno de minorias e passa às massas. Muitos dos pobres procuram a Igreja, não por Jesus Cristo, mas para pedir a satisfação das suas necessidades imediatas; muitos dos intelectuais também não a frequentam. O mundo pouco a pouco vai abandonando a Igreja. Os missionários que não trabalharem para uma pastoral de futuro ficarão com as igrejas vazias, ou com um pequeno grupo de pessoas religiosas naturais, que não darão nunca os sinais da FÉ: o amor ao inimigo e a unidade, ou seja, não são Cristãos Adultos.

É cristão aquele que venceu a morte. Jesus veio para que o homem possa caminhar sobre a morte (Mt. 14, 22-33), porque a morte é aquilo que nos cerca a todos. Ninguém pode caminhar sobre a morte, só Jesus, porque foi o único que venceu a morte, por isso Jesus caminha sobre as águas. Este é o sinal da fé: caminhar por cima da morte, ter mais poder do que a morte. Esta é a Boa Notícia: Jesus vem libertar-nos a todos da morte.

NECESSIDADE DUMA NOVA EVANGELIZAÇÃO

A nossa sociedade é uma sociedade pós-guerra. É uma sociedade traumatizada. Esta sociedade sofre uma situação de “anomia”, ou seja, os valores que antes imperavam, agora não têm qualquer valor. Nesta sociedade encontramos dois tipos de pessoas: aos que chamamos nihilista e socialista. O primeiro é aquele que, depois do que sofreu na guerra, já não acredita em ideologias. Só acredita no trabalho, no progresso técnico-científico e no dinheiro. É um homem calculista, que lhe interessa estudar muito, é pragmático e realista, a quem as coisas e os outros só lhe interessam enquanto são eficazes. O outro tipo de pessoas é o socialista. Este converteu a sua religiosidade num ideal, que pode ser, por exemplo, mudar as estruturas. Acredita que a sociedade pode ser transformada através de novas estruturas e luta pela mudança na acção social. Para este homem a Igreja é um retrocesso, um entrave às mudanças de estruturas onde a religião impede que o homem se torne adulto e dono do mundo.

4. A missão da Igreja é apanhar toda a gente que está fora e metê-la lá dentro?... Se assim fosse, passados dois mil de Cristianismo, diríamos que Jesus Cristo fracassou...

Jesus, no Evangelho de S. Mateus 5, 13-15 diz que a Igreja é a LUZ, o SAL e o FERMENTO. A Luz é um serviço, serve para iluminar a realidade. A missão do Sal é morrer, não ficar inteiro mas desfazer-se para dar sabor ao resto. O fermento, de igual modo se dilui na massa...

Se a Missão da Igreja é que todos os homens se salvem entrando nela então temos de conseguir que todos se sacramentalizem, entrar nas casas das pessoas e obrigá-las a vir à Missa... O Concilio Vaticano II chama à Igreja Sacramento de Salvação, por isso o importante será criar dentro das Paróquias e Centros um sinal para os ateus, nihilistas e socialistas. Se a Igreja é Sacramento de Salvação, o importante não é que as igrejas estejam cheias de gente mas que os cristãos o sejam de verdade. Ser Igreja não é nenhum privilégio social, mas um dom gratuito de Deus para serviço dos homens.

NECESSIDADE DUM ENCONTRO COM O RESSUSCITADO

5. O Cristianismo é fundamentalmente uma BOA NOTICIA (KERYGMA), é um acontecimento histórico que irrompe nas nossas existências e na nossa situação concreta, mudando-a radicalmente. É a noticia que transformará completamente a vida de quem a acolhe, é a notícia que esperam todos os homens. Porque é tão importante a notícia que o cristianismo dá?

Diz a carta aos Hebreus 2, 14-15: “tal como os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Ele partilhou a condição deles, a fim de destruir, pela Sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e libertar aqueles que, por medo da morte, passavam toda a vida dominados pela escravidão.” O problema do homem, na antropologia bíblica, é apenas um, o homem está escravizado pelo senhor da morte, o diabo; o homem é escravo do diabo, pelo temor que tem à morte. Esse temor acompanha-o durante toda a vida. O homem está cercado, escravizado pela morte, pelo temor que tem à morte. Só Jesus Cristo tem o poder de arrancar o homem dessa situação, aniquilando e vencendo a morte. Não se trata da morte física.

6. O que faz sofrer o homem é tudo aquilo que o destrói, tudo o que mata, sejam os defeitos do outro com quem convive ou com quem trabalha, alguma doença, o desemprego, as coisas em casa não serem como um quer, o salário magro, o chefe do trabalho ser muito exigente... o que faz sofrer o homem é tudo aquilo que, de algum modo, ameaça a sua personalidade, tudo o que vai contra a sua realidade existencial de vida, e que de algum modo o destrói e o mata. O homem está escravizado porque não quer morrer, porque tem medo da morte, da morte ontológica. Por isso, é um escravo do mal e obedece apenas às suas concupiscências, tornando-se um insatisfeito, em estado de sofrimento porque tem gravado em si a Lei Natural e sabe que se realiza amando o outro, transcendendo-se no outro, mas é incapaz de o fazer. O homem quer fazer o bem no entanto é o mal que faz.

O marxismo dirá que o homem vive alienado numa sociedade injusta, a psicologia diz que é pelos traumas e complexos. O Cristianismo diz que o homem não pode fazer o bem porque se separou de Deus, porque pecou e ficou ferido, incapacitado... O pecado vive em nós como uma semente de morte. O homem experimentou a morte e agora não quer morrer, experimentou o “não-ser” e quer Ser. Tentando fugir da morte, o homem torna-se um idólatra, procurando a vida e a felicidade nas coisas.

7. O homem está dominado pela morte e pelo pecado, mas Jesus Cristo venceu este cerco. Ele foi constituído por Deus como Kyrios. Só n’Ele o homem pode ser verdadeiramente re-criado, recuperando a imagem de Deus e transformando-se no próprio Deus: ser filho de Deus, ter a natureza de Deus. Jesus Cristo rompeu o cerco de morte que escraviza o homem e estabeleceu uma nova dimensão no amor. Ele morreu e ressuscitou para perdoar aos homens. Agora o homem pode passar pela morte e fazer obras de vida eterna, porque recebe o Espírito de Jesus Ressuscitado.

8. Em Cristo, Deus inaugura uma nova criação. Faz uma nova humanidade: o homem novo. Jesus Cristo é o primogénito desta nova criação, Ele foi constituído nosso Salvador. N’Ele unem-se Deus e o homem. Ele é a imagem da nova humanidade. A Ele estão submetidos todos os poderes, porque foi constituído pelo Pai como Senhor e Kirios de todos os poderes que nos escravizam, nos amarram e nos destroem.

Em Cristo, a humanidade adquire a dimensão que Deus tinha preparado de antemão, antes da criação do mundo “Ele escolheu-nos para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor (...) para que seja prestado louvor à glória da sua graça, que gratuitamente derramou sobre nós, no Seu Filho bem amado.” (Ef. 1, 4-6).

Deus não se importou de descer às regiões do nosso pecado, para matar o nosso pecado na Sua Cruz e perdoar-nos todos os nossos pecados, dando-nos, gratuitamente, a possibilidade de sermos filhos de Deus. Dá-nos a Sua graça e o Seu Espírito, através do qual temos acesso ao Pai. Em Cristo, nós somos herdeiros de Deus e irmãos de Jesus Cristo, pelo qual podemos chamar a Deus Papá, Abbá, sentindo-o mesmo, tendo verdadeira confiança em Deus.

Se Deus põe o Seu Espírito em nós, tudo é graça e tudo é amor, porque arrancados pela situação de terror, de morte e de pecado, vivemos na graça, na gratuidade, no amor de Deus. Já não estamos sob o domínio da Lei mas sim sob o regime da graça, porque Deus perdoou todos os nossos pecados, porque Deus é Amor e não pode fazer outra coisa senão amar, mesmo que sejamos os maiores pecadores.

9. E como se manifesta que somos uma nova criatura? Na Igreja, sinal da Boa Noticia que chega aos homens: numa comunidade de pessoas que se amam numa nova dimensão. Amar até dar a vida, “amar até doer” dizia a Beata Teresa de Calcutá. A Igreja torna patente que o amor de Deus (que é um amor sem limites) tem a Sua tenda entre nós. Este amor é oferecido gratuitamente a toda a criatura.

Alguns textos para reflexão:
Act. 2,14-25.29-34.36-41
Act. 3,13-14a
Act. 13,16ss
Rom. 4.18-25
Rom. 10,8-11.13-17
1Cor. 15,1-8.35-38.42-47.54-57
Sugestões:

Potenciar nas Paróquias e Centros um Catecumenato de Adultos pré e pós-baptismal (ex: Catecumenatos Diocesanos para Adultos ou Comunidades Neo-Catecumenais);

Apostar mais na formação permanente de todos os agentes de pastoral, a todos os níveis (ex: Escolas de Catequistas ou Escolas de Evangelização, privilegiando a conversão ou adesão pessoal a Jesus Cristo, mais que aos conceitos, mentalidade catecumenal);

Desenvolver a Pastoral em pequenos grupos (A Paróquia é Comunidade de Comunidades) onde o acolhimento e as relações inter-pessoais sejam mais eficazes e as comunidades possam ser evangelizadas e evangelizadoras;

Evangelização dos ambientes;

Materiais a usar: catecismos (mesmo que antigos) mas que a catequese seja adaptada à situação concreta das pessoas e do seu ambiente; Catecismo da Igreja Católica; Bíblia; audio-visuais (sem descuidar o verdadeiro testemunho pessoal de vida);...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Bento XVI nomeia Bispos para Uíje e São Tomé (01.12.2006)

O Papa Bento XVI nomeou hoje Bispo Coadjutor da Diocese do Uíje o Padre Emílio Sumbelelo do clero da Diocese de Benguela. O Santo Padre também nomeou para Bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe o Padre Manuel Mendes dos Santos, Superior Provincial dos Missionários Claretianos.

O padre Emílio Sumbelelo nasceu aos 5 de Março de 1964 no Cubal, Província e Diocese de Benguela. Fez o curso Propedêutico no Seminário do Bom Pastor de Benguela e os cursos de Filosofia e Teologia no Seminário de Cristo Rei no Huambo. Foi ordenado sacerdote em Benguela, no dia 4 de Agosto de 1991. De entre outras funções, foi Vigário Judicial de Benguela, Pároco da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, da Catumbela, Pároco da Santa Cruz, Membro do Colégio dos Consultores, Presidente da Comissão para a Evangelização e Catequese, Director da Escola dos Evangelistas em Benguela, Presidente da Comissão de Justiça e Paz, Assistente da Associação dos Juristas Católicos da Diocese de Benguela, Professor do Seminário Maior de Teologia na cadeira de Direito Canónico em Benguela. Depois da licenciatura em Direito Canónico obtida em Roma em meados da década de noventa, este ano de 2006 obteve em Roma o Doutoramento em Direito Canónico com a tese “a relevância jurídica das testemunhas comuns na forma de celebração do matrimónio até ao Decreto Tametsi”. Dom Emílio Sumbelelo substituírá oportunamente Dom Francisco da Mata Mourisca que pediu resignação por limite de idade canónica.

O Padre Manuel António Mendes dos Santos nomeado Bispo de São Tomé e Príncipe nasceu aos 20 de Março de 1960 no Distrito de Castro Daire, Diocese de Lamego em Portugal. Ingressou no seminário menor em Lamego e depois passou para o seminário Claretiano dos Carvalhos em Vila Nova de Gaia. Fez o noviciado em Loja-Granada, Espanha. Emitiu a primeira profissão aos 26 de Setembro de 1980 em Fátima e a profissão perpétua aos 16 de Setembro de 1983. Foi ordenado sacerdote aos 13 de Junho de 1985. Fez a primeira experiência missionária em São Tomé entre 1994 e 1995 de onde partiu para a Especialização em Teologia Pastoral em Roma até 1997. Exerce a função de Superior Provincial dos Missionários Claretianos cargo para o qual foi eleito a 19 de Abril de 2001. Dom Manuel António Mendes substituíra Dom Abílio Ribas que tendo completado 75 anos de idade, recentemente pediu ao Santo Padre a sua resignação.

Acerca das datas das ordenações dos Bispos nomeados e de outras cerimónias, a CEAST se pronunciará oportunamente através desta página.

Pelo Secretariado da CEAST

P. Pedro Gabriel Tchombela
Coordenador do Secretariado e
Director do Departamento de Pastoral